Imagem: The Christian Index | Esquerda: atriz Masey Mclain Direita: verdadeira Rachel Joy Scott
“Eu não vou me desculpar por falar o nome de Jesus ... Se eu tiver que sacrificar tudo ... Eu vou.” - Rachel Joy Scot
Recentemente, em uma roda de conversa onde eu estava participando, foi citado o nome de um filme que há muito tempo eu não assistia, cujo o nome é “Uma vida com um propósito”, lançado em 2016, dirigido por Brian Baugh e protagonizado pela atriz americana Masey Mclain.
A obra cinematográfica é baseada em acontecimentos reais, contando parte da trajetória de Rachel Joy Scott, uma adolescente americana de 17 anos que, infelizmente, foi a primeira vítima do massacre na escola em Columbine, nos Estados Unidos, em 1999.
Rachel foi uma jovem cheia de brilho dos Céus, e por isso, sua história precisa ser compartilhada.
Quem foi Rachel Joy Scott?
A querida Rachel nasceu em Denver, no estado de Colorado nos Estados Unidos em 1981. Quando criança, Rachel era uma garotinha contagiante, cheia de energia e super extrovertida, e desde nova mostrava se preocupar com as pessoas ao seu redor e tentava fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudá-las.
Todos da família de Rachel que viviam em seu lar frequentavam a igreja e seguiam o cristianismo. Porém, foi aos 11 anos de idade, em uma visita na igreja onde seus tios frequentavam, que Rachel decidiu depositar sua vida nas mãos de Deus e torná-lo conhecido, espalhando sua luz. Sua família a enxergava como uma jovem devota e piedosa, que transmitia compaixão. Todavia, seu amor pelo cristianismo não era visto da mesma maneira pelos seus amigos da escola, que a zombavam pelo seu posicionamento e pensamento, principalmente por Eric Harris e Dylan Klebold, estudantes que realizaram o massacre em Columbine.
Mas Rachel jamais desistiu de espalhar a luz que sentia ao buscar o evangelho no qual acreditava fervorosamente em seu coração.
Rachel era apaixonada por arte e fotografia. Ela participava da equipe de dança na Igreja, encenava no teatro da escola ( sua última peça de destaque foi The Smoke in the Room, duas semanas antes do tiroteio) e escrevia e desenhava em seu diário.
Durante sua trajetória, Rachel se tornou amiga de Mark Bodiford, um rapaz 5 anos mais velho do que ela, que se encontrou com Deus através de Rachel. Eles conversavam por meio de diários durante a semana e porque não dava para se verem, foram no total 4 diários escritos, onde compartilhavam suas experiências com Deus e seu cotidiano.
Atrás da cômoda em seu quarto, havia um desenho da sua mão, e dentro dela estava escrito “estas mãos pertencem a Rachel Joy Scott, e algum dia elas irão tocar o coração de milhares de pessoas”. Rachel buscava resplandecer em seu rosto a luz de Deus que enchia o seu coração de alegria. E foi isso que ela fez, até o seu último suspiro.
O dia do massacre
De acordo com testemunhas, Rachel estava do lado de fora da escola sentada na grama com seu amigo Richard Castaldo ( sobrevivente) na hora do almoço. Os atiradores começaram por lá, atingindo Rachel e Richard de longe. Richard foi baleado, mas fingiu-se de morto antes de desmaiar, contudo, ele alega que antes do desmaio, ele ouviu Rachel chorar e gemer de dor, antes dos atiradores se aproximarem, e balearem Rachel com um tiro na cabeça, peito, perna e braço.
O filme baseado na vida de Rachel, explora que houve um rápido diálogo entre Rachel e um dos atiradores. Um deles pergunta para Rachel “ você ainda acredita no seu Deus?” e Rachel responde “você sabe que eu acredito”, após isso exclama “ então, vá viver com ele”, e dispara um tiro em sua cabeça. Richard, era o único sobrevivente no momento e devido a ida e volta de consciência, ele não tem lembrança deste momento, mas aparentemente, ele teria contado isso a sua mãe antes de entrar na sala de cirurgia, contudo, ainda é um mistério. Apesar disso, é uma cena importante para refletir : “até onde vai a nossa fé?”.
Rachel carregava em sua bolsa um dos seus diários ( que foi encontrado uma bala alojada), onde ela havia escrito frases como “eu escrevo, não pelo bem da glória, não pelo bem da fama, não pelo bem do sucesso, mas pelo bem da minha alma". Em outros escritos, há uma oração que ela havia redigido em prol de um dos atiradores do massacre, mesmo que os responsáveis sempre zoavam Rachel pelo o que ela acreditava.
Na manhã do tiroteio, Rachel teria desenhado em seu diário um desenho bastante simbólico. Um par de olhos derramava 13 lágrimas em cima de um rosa, coincidentemente ou não, o mesmo número de vítimas que faleceram durante o massacre. Para outros, remetia o número de pessoas que Rachel teria tocado através da sua fé, pessoas que sentiram a luz que ela remetia.
Rachel tocou mais de 20 milhões de pessoas através de sua história. Ela não imagina que conseguiu cumprir o propósito de quando era criança : suas mãos e as mãos de Deus tocaram milhões de vidas.
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